sábado, 17 de janeiro de 2009

Cabelos

Definição
Cabelos - palavra que deriva do latim "Capillus" e refere-se a cada um dos pêlos que crescem no couro cabeludo, parte superior da cabeça, diferenciando-se dos demais por existirem em maior quantidade e desenvolverem-se em comprimento.

Estrutura interna do cabelo
O cabelo é, cientificamente, uma fibra natural formada de uma proteína específica, a queratina. Ele pode ser dividido internamente em cutícula, córtex e medula.
Cutícula: as cutículas são as camadas externas do cabelo, que dão proteção ao córtex. Sendo transparentes, permitem visualizar a coloração dos fios. Elas se combinam entre 0 e 12 placas ou camadas e são elas que sofrem as agressões externas, como danos pelo sol, poluição, agentes químicos, alisamentos, relaxamentos, escovação, calor, etc.
Córtex: é a estrutura intermediária do fio de cabelo, que é modelada pelos processos de transformação, baseados em interações intermoleculares entre os compostos formadores da fibra; são elas: ligação salina (tem sua extensão aumentada quando molhamos o cabelo), ligação ou ponte de hidrogênio (são deformadas nas transformações temporárias, como escova, chapinha, babyliss) e as pontes dissulfeto (são as ligações mais intensas, pois se formam a partir de ligações covalentes e as transformações permanentes, como a escova progressiva, devem atuar nessas interações).
Medula: sua função ainda está em estudo. É a região mais interna do fio, que pode estar vazia ou preenchida com queratina esponjosa. Isto não altera a estrutura dos fios.

O pH dos cabelos, ou seja seu grau de acidez ou alcalinidade, é importante para o desenvolvimento de cosméticos. Há uma camada hidrolipídica que recobre os fios que confere a eles pH levemente ácido, entre 4,2 e 5,8. Dessa forma, os shampoos e demais cosméticos para cabelo devem acompanhar este perfil. Se lavarmos os cabelos com shampoo alcalino, pH 8,0 por exemplo, as cutículas abrem, os fios ficam opacos, embaraçados e difícil de pentear.

Tipos de Cabelo
Secos: são assim considerados os cabelos cujas glândulas sebáceas não produzem gordura suficiente para lubrificar os fios até as pontas. Dessa forma, ficam opacos, quebradiços e de difícil hidratação. Esta condição pode ser natural ou adquirida pela poluição, processos químicos, abusos de calor, etc.
Normais: são aqueles que têm a produção de gordura equilibrada, não apresentando raízes oleosas, nem pontas secas. Eles dispensam grandes cuidados para que se mantenham macios, brilhantes e com aspecto saudável. Esta condição pode ser natural ou adquirida a partir de tratamentos nos outros tipos de cabelo.
Oleosos: cabelos com alto teor de oleosidade são aqueles em que a produção de gordura é excessiva, havendo deposição sobre a raiz. Eles apresentam aspecto sujo com muita facilidade e esta condição pode ser natural, ou adquirida pela falta de higiene, uso inadequado de cosméticos, exposição a ambientes com vapores, gordura e a oleosidade é potencializada com a massagem excessiva e uso de água muito quente na lavagem. Neste tipo de cabelo a queda é bastante frequente.
Mistos: são os mais comuns e os mais difíceis de tratar. Apresentam raiz oleosa e pontas secas, às vezes duplas. Geralmente não são provenientes de condição natural, mas sim de falta de cuidado e exposição a fatores agressores aos fios.

Quanto à cor, os cabelos diferem pela quantidade de melanina que apresentam na sua composição. Naturalmente, os cabelos são basicamente loiros, castanhos, ruivos e pretos. Porém, com as técnicas de coloração, os cabelos podem assumir praticamente todas as cores.

Saúde dos Cabelos
Cabelos saudáveis: são aqueles em que as cutículas sempre estão bem fechadas, protegendo a estrutura interna dos fios, mantendo dentro do cabelo as moléculas de água e proteínas. Apresentam aspecto maleável, brilhante, sedoso, macio e forte.
Cabelos danificados: são aqueles em que fatores químicos (tinturas, alisamentos, permantentes, descoloração) ou fatores físicos (raios solares, secadores, chapinhas, escovação brusca) ocasionam deformações na organização das cutículas e, portanto, na estrutura interna dos fios, causando perda de umidade, de proteínas e, por conseguinte, perda da resistência. Daí a necessidade de tratamentos profundos e intensivos.


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